"Como assim Amaya? Eu não sou importante na minha história? Cê tá metida com droga?" Querido, leitor é exatamente isso que você ouviu (na verdade leu): Você não é importante na sua história. Vamos absorver isso?

Você não é importante na sua história.

Você não é importante na sua história.

Você não é importante na sua história.

Você não é importante na sua história.

Você não é importante na sua história.

Você não é importante na sua história.

Você não é importante na sua história.

Você não é importante na sua história.

Absorveu? "Absorvi coisa chata, mas o que cê quer dizer com isso, inferno?" O que eu quero dizer é exatamente o que está escrito: Você não é importante na sua história, você, caro leitor, nada mais é do que um instrumento a ser usado por uma história que precisa ser contada. 

~Tá bom minha filha, mas e dai?~

A história, não é sobre o que você acredita, sobre como você queria que as coisas fossem ou sobre você. Sabe o que faz a maioria das histórias serem clichês (o ruim nem é ser clichê, mas serem clichês mau escritos)? É o fato de que quem escreve usa as histórias como se elas fossem seu diário ou seu caderninho de desejo, em que tudo dá certo e os problemas são facilmente resolvidos.

Eu enxergo cada história como um mundo próprio cheio de possibilidades, se eu não deixo essa história tomar caminhos duros (caminho duro não é a pp pegar o boy beijando a rival, que fique claro) ela vai se tornar aquela coisa clichê e massante que só de ler o primeiro capitulo você descobre o que vai acontecer e perde o interesse. 

Sua história não é sobre você. Claro que não podemos levar isso para a generalização, se você escreve sua autobiografia ou algo do tipo você faz parte da história. É óbvio também que suas vivências, sua maneira de ver o mundo e sua experiencias acabam sendo enraizadas na escrita, mas em sua concepção geral, você, eu e todos os escritores, nada mais somos do que uma parte pequena no processo. A história existe, você é donx dela, mas precisa deixar que ela frua livremente. 

~agora sim o Brasil inteiro entendeu~

Depois te todas essas reflexões filosóficas me despeço.

Beijinhos, 

Tia Amaya